Historia do TW no Brasil
Enviado: 02 Mar 2010, 10:37
Como seguidamente estão entrando novos Twingueiros no Clube que estão a procura de informações para a compra do seu TW, segue uma reportagem resumida dos mesmos no Brasil. Se acharem necessário colocar mais alguma informação, favor postar.
O Twingo é um daqueles modelos que apresentam comportamento curioso no mercado de usados. Não é caro, tem uma boa quantidade de itens de série e quem tem, ou teve, é apaixonado pelo modelo.
Lançado na Europa como modelo 1993, o carro é considerado por muitos como o primeiro monovolume compacto do mercado, devido à forma da carroceria e à disposição dos bancos. O assento traseiro pode ser movimentado horizontalmente sobre trilhos (solução implementada anos mais tarde no VW Fox) e ainda ser totalmente dobrado. Nesse caso a capacidade do porta-malas aumenta de parcos 168 litros para vastos 1096 litros.
Mas há outras características nesse carro que chamam a atenção do público. O mostrador multifunção digital, localizado na parte central do painel, por exemplo, é um dos charmes do Twingo. O grande espaço interno é outro, assim como o airbag duplo, barras de proteção nas portas e sistema limitador de esforço integrado, aliado poderoso em caso de colisões. Já os tecidos de cores chamativas, recurso aplicado em botões e alavancas de acionamento das maçanetas e vidros, agradam a alguns, mas desagradam a outros.
Entre os anos de 1994, em que começou a ser vendido no Brasil, importado da França, e 1999, o Twingo estava equipado com motor de 1,2 litro de cilindrada, potência de 60 cv e configuração muito parecida com a encontrada nos antigos motores Ford CHT (usados no Corcel, Del Rey, Escort e até mesmo nos VW Gol, já nomeados AE), com comando de válvulas no bloco – OHV –, acionado por corrente. Nada mais natural, uma vez que os motores têm a mesma origem.
Inicialmente era possível encontrar os Clio com ar-condicionado e conjunto elétrico ou o básico. Em 1995 foi lançado o Easy, com embreagem eletrônica e que teve vida muito curta, tendo sido vendido somente nesse ano.
A partir de 1999 a Renault passou a oferecer o motor de 1 litro de cilindrada, o mesmo dos Clio da época, com 59 cv, que ficou no lugar do 1,2-litro. E o Twingo passou a ter “sangue latino”, pois sua importação agora era feita a partir do Uruguai. A versão passou a ser denominada Pack e trazia de série ar-condicionado, trio elétrico, toca-CD com comando satélite na coluna de direção, travamento automático das portas e sistema de abertura das portas por radiofreqüência.
Em 2002 o motor passa a ser o 1-litro 16 válvulas, com potência de 68 cv e 9,5 kgfm de torque a 4.250 rpm. Com isso o Twingo passou a oferecer melhor desempenho, além de ganhar versão mais luxuosa, a Initiale. Esta topo-de-gama vinha com rodas de liga leve, direção eletroidráulica, faróis de neblina e forração em couro. Mas de nada adiantou o investimento, pois as últimas unidades 0 km do Twingo disponíveis no mercado brasileiro vieram somente até 2002. Na Europa, porém, ele é vendido até hoje. Prova do seu sucesso e caráter, de certa forma, único.
O Twingo parece frágil, mas segundo relatos de mecânicos especializados na marca, essa impressão não é verdade. Clóvis Ferreira da Silva, 35 anos, trabalhou por muito tempo com os modelos da Renault. E diz que dentre todos eles, o Twingo estava entre os mais resistentes. “Na verdade”, diz ele, “o carrinho suporta muitos maus-tratos antes de apresentar problemas; e a maior parte deles está relacionada ao estado do piso nas ruas brasileiras, muito ruim se comparado aos ‘tapetes’ europeus”, declara o mecânico.
Comprando um Twingo usado
Os ruídos no painel, que na verdade são ocorrência comum em carros importados (que não foram construídos para rodar em condições tão ruins...), aparecem também no Twingo. A solução é conviver com eles, ou ter paciência para desmontar o painel e revestir os fios com espuma, além de aplicar calços em tampas, reapertar parafusos de fixação etc.
Os ruídos na suspensão infelizmente também são mais uma ocorrência freqüente nos “gringos”. No Twingo esses ruídos provêm de buchas desgastadas tanto na dianteira como na traseira, além de amortecedores com vazamentos. Mas em geral a suspensão agüenta bem antes de apresentar problemas. A alavanca do reclinador do banco quebra com relativa facilidade, é cara e difícil de encontrar. Ah, e só é vendido o conjunto completo. Então, na hora de experimentar o Twingo, olho neste item.
Com os buracos não são apenas a suspensão ou o acabamento que sofrem, mas os coxins do motor também. A quebra de um deles causa movimentos excessivos do conjunto motor/câmbio, que incomodam bastante e podem causar danos nos outros coxins que não estão com problemas.
E atenção: se você pretende comprar um Twingo, cheque cuidadosamente as mangueiras, o radiador, a ocorrência de ruídos e vazamentos na bomba d’água, além de verificar o funcionamento da ventoinha do sistema de arrefecimento. Podem haver alguns problemas de funcionamento no sistema e todos os componentes desse circuito merecem atenção, pois nem sempre são baratos ou fáceis de encontrar. Boa sorte!
O Twingo é um daqueles modelos que apresentam comportamento curioso no mercado de usados. Não é caro, tem uma boa quantidade de itens de série e quem tem, ou teve, é apaixonado pelo modelo.
Lançado na Europa como modelo 1993, o carro é considerado por muitos como o primeiro monovolume compacto do mercado, devido à forma da carroceria e à disposição dos bancos. O assento traseiro pode ser movimentado horizontalmente sobre trilhos (solução implementada anos mais tarde no VW Fox) e ainda ser totalmente dobrado. Nesse caso a capacidade do porta-malas aumenta de parcos 168 litros para vastos 1096 litros.
Mas há outras características nesse carro que chamam a atenção do público. O mostrador multifunção digital, localizado na parte central do painel, por exemplo, é um dos charmes do Twingo. O grande espaço interno é outro, assim como o airbag duplo, barras de proteção nas portas e sistema limitador de esforço integrado, aliado poderoso em caso de colisões. Já os tecidos de cores chamativas, recurso aplicado em botões e alavancas de acionamento das maçanetas e vidros, agradam a alguns, mas desagradam a outros.
Entre os anos de 1994, em que começou a ser vendido no Brasil, importado da França, e 1999, o Twingo estava equipado com motor de 1,2 litro de cilindrada, potência de 60 cv e configuração muito parecida com a encontrada nos antigos motores Ford CHT (usados no Corcel, Del Rey, Escort e até mesmo nos VW Gol, já nomeados AE), com comando de válvulas no bloco – OHV –, acionado por corrente. Nada mais natural, uma vez que os motores têm a mesma origem.
Inicialmente era possível encontrar os Clio com ar-condicionado e conjunto elétrico ou o básico. Em 1995 foi lançado o Easy, com embreagem eletrônica e que teve vida muito curta, tendo sido vendido somente nesse ano.
A partir de 1999 a Renault passou a oferecer o motor de 1 litro de cilindrada, o mesmo dos Clio da época, com 59 cv, que ficou no lugar do 1,2-litro. E o Twingo passou a ter “sangue latino”, pois sua importação agora era feita a partir do Uruguai. A versão passou a ser denominada Pack e trazia de série ar-condicionado, trio elétrico, toca-CD com comando satélite na coluna de direção, travamento automático das portas e sistema de abertura das portas por radiofreqüência.
Em 2002 o motor passa a ser o 1-litro 16 válvulas, com potência de 68 cv e 9,5 kgfm de torque a 4.250 rpm. Com isso o Twingo passou a oferecer melhor desempenho, além de ganhar versão mais luxuosa, a Initiale. Esta topo-de-gama vinha com rodas de liga leve, direção eletroidráulica, faróis de neblina e forração em couro. Mas de nada adiantou o investimento, pois as últimas unidades 0 km do Twingo disponíveis no mercado brasileiro vieram somente até 2002. Na Europa, porém, ele é vendido até hoje. Prova do seu sucesso e caráter, de certa forma, único.
O Twingo parece frágil, mas segundo relatos de mecânicos especializados na marca, essa impressão não é verdade. Clóvis Ferreira da Silva, 35 anos, trabalhou por muito tempo com os modelos da Renault. E diz que dentre todos eles, o Twingo estava entre os mais resistentes. “Na verdade”, diz ele, “o carrinho suporta muitos maus-tratos antes de apresentar problemas; e a maior parte deles está relacionada ao estado do piso nas ruas brasileiras, muito ruim se comparado aos ‘tapetes’ europeus”, declara o mecânico.
Comprando um Twingo usado
Os ruídos no painel, que na verdade são ocorrência comum em carros importados (que não foram construídos para rodar em condições tão ruins...), aparecem também no Twingo. A solução é conviver com eles, ou ter paciência para desmontar o painel e revestir os fios com espuma, além de aplicar calços em tampas, reapertar parafusos de fixação etc.
Os ruídos na suspensão infelizmente também são mais uma ocorrência freqüente nos “gringos”. No Twingo esses ruídos provêm de buchas desgastadas tanto na dianteira como na traseira, além de amortecedores com vazamentos. Mas em geral a suspensão agüenta bem antes de apresentar problemas. A alavanca do reclinador do banco quebra com relativa facilidade, é cara e difícil de encontrar. Ah, e só é vendido o conjunto completo. Então, na hora de experimentar o Twingo, olho neste item.
Com os buracos não são apenas a suspensão ou o acabamento que sofrem, mas os coxins do motor também. A quebra de um deles causa movimentos excessivos do conjunto motor/câmbio, que incomodam bastante e podem causar danos nos outros coxins que não estão com problemas.
E atenção: se você pretende comprar um Twingo, cheque cuidadosamente as mangueiras, o radiador, a ocorrência de ruídos e vazamentos na bomba d’água, além de verificar o funcionamento da ventoinha do sistema de arrefecimento. Podem haver alguns problemas de funcionamento no sistema e todos os componentes desse circuito merecem atenção, pois nem sempre são baratos ou fáceis de encontrar. Boa sorte!